quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pioneira: Santa Maria está entre as primeiras cidades do Brasil a possuir serviço de recolhimento e destinação de resíduos digitais



A partir de agora, os santa-marienses terão um espaço adequado para depositar resíduos eletrônicos. O aval para o novo empreendimento iniciar o serviço foi dado na manhã desta quarta-feira (15), quando o prefeito Cezar Schirmer e o secretário de Município de Proteção Ambiental, Luiz Alberto Carvalho Junior, realizaram a assinatura da Licença de Operação Ambiental para a empresa GR2 Indústria de Reciclagem de Resíduos Eletrônicos, localizada na BR 158, n° 440, Faixa Nova de Rosário.


O ato aconteceu em um espaço anexo a sede da empresa, onde acontecerá o recebimento, pesagem e separação do material. O primeiro contato do prefeito Cezar Schirmer com a empresa GR2 foi na FEISMA 2010, no Pavilhão da Inovação, e, lá, os serviços prestados na área da construção civil já havia chamado sua atenção. “Resíduo gera emprego e riqueza. Quando conheci a GR2 nos interessamos e entramos em contato para ver como poderíamos ser parceiros”, falou o prefeito.

Schirmer ainda explanou que no Rio Grande do Sul apenas 12 cidades tem a autonomia de conceder licenças ambientais. “Esta é nossa oportunidade de incentivar as empresas, tornando este procedimento ágil e rápido”, explicou o chefe do Executivo. O prefeito ainda comentou sobre outros mecanismos de estímulo que a Prefeitura possui como a Sala do Empreendedor e Lei de Inovação. “Estamos com ações positivas nas questões ambientais e de empreendedoras”, completou.

Na ocasião, o prefeito também anunciou que a Secretaria de Município de Proteção Ambiental está desenvolvendo o plano de arborização de Santa Maria, reafirmando o compromisso da administração com o meio ambiente. O secretário Luiz Alberto reiterou a dedicação do prefeito nas questões ambientais e parabenizou o novo desafio da empresa, que atua no ramo dos resíduos da construção civil há quatro anos. “Além da geração de emprego, este empreendimento refletirá em uma solução ambiental para o resíduo eletrônico que a cidade produz”, concluiu.

O diretor regional do Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul, Luiz Flores, que também trabalha na Secretaria de Município de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Projetos Estratégicos, aproveitou a oportunidade para dar em primeira mão a notícia de que a indústria GR2 é uma das dez primeiras empresas que farão parte do Tecnoparque. Em seu pronunciamento, o presidente do grupo Build, a qual a GR2 faz parte, Ronaldo Segala, destacou que a solenidade entraria para a história de Santa Maria. “Este ato mostra que o poder público está cumprindo seu papel no sentido de estimular a iniciativa privada. Em anos, é a primeira vez que sentimos que a Prefeitura está no nosso lado”, qualificou Segala.


GR2 Indústria de Reciclagem de Resíduos Eletrônicos

A GR2 recebe em sua sede, BR 158, n° 440, qualquer produto eletrônico que não funcione mais. Quando chega, o material é pesado, separado e enviado para São Paulo. De lá, segue em direção a países que possuem tecnologia para recuperar metais de peças eletrônicas como México, Estados Unidos, Singapura e Bélgica. Em Santa Maria, inicialmente, serão distribuídos 10 Ecopontos de entrega voluntária de celulares (os locais ainda não foram definidos). A empresa também vai dispor do serviço de coleta domiciliar.


O sócio diretor da empresa, Gilson Piovezan Junior, explicou que menos de 2% dos municípios brasileiros possuem o trabalho que será desenvolvido pela GR2, sendo no Rio Grande do Sul a pioneira. “Na construção civil compramos entulho, separamos o concreto para transformá-lo em brita, e, assim, o material retornar para as construções. Agora iniciamos o desafio eletrônico”, disse o sócio diretor, que lamenta que o resíduo que chega da construção civil seja 70% lixo doméstico. Gilson Piovezan Junior, também sócio diretor, disse que o apoio que a Prefeitura prestou foi vital para a GR2 começar a funcionar. “As licenças foram concedidas rapidamente e nos deram todo apoio técnico”, lembrou.


Texto e foto: Maria Luiza Guerra


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